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Bioplástico e Algicultura: entenda mais sobre

  • Foto do escritor: Grisea Biotecnologia
    Grisea Biotecnologia
  • 8 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2024

A produção global de plásticos já ultrapassa os 360 milhões de toneladas por ano, com projeções de triplicar até 2050. Essa realidade alarmante sublinha a necessidade urgente de alternativas sustentáveis. O plásticos feito de petróleo emite gases de efeito estufa ao longo de todo o seu ciclo de vida, contribuindo significativamente para as mudanças climáticas. A produção de plástico somente nos EUA, por exemplo, é responsável por 232 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa por ano. Em contraste, a produção de bioplásticos consome 65% menos energia do que os plásticos convencionais à base de petróleo, além diso, a algicultura vem ganhando força no mercado de bioplástico, sendo uma matéria prima sustentável para a produção de bioplástico.


Neste artigo vamos elaborar um pouco mais sobre o bioplástico, algicultura e o bioplástico feito com algas.

 

Macroalgas como matéria-prima

Os bioplásticos, que atualmente representam 10-15% da produção global de plástico, podem ser categorizados em dois tipos: polímeros extraídos de fontes naturais e/ou polímeros biodegradáveis. As algas, tanto macroalgas quanto microalgas, surgem como uma fonte promissora de biomassa para a produção de bioplástico.


As macroalgas, conhecidas como algas marinhas, são organismos aquáticos que têm sido explorados por suas propriedades únicas. Elas crescem em abundância em ambientes marinhos e não competem por espaço com o cultivo de plantas utilizadas com alimento, além de não necessitarem de área desmatada, água doce, fertilizantes e pesticidas para crescerem. Isso as torna uma fonte renovável e mais sustentável para a produção de bioplásticos. As algas marinhas podem ser cultivadas em fazendas marinhas, um processo que pode ser otimizado para reduzir o impacto ambiental.


A produção de bioplásticos a partir de algas envolve várias etapas, incluindo a extração de polímeros, a formulação dos bioplásticos e a transformação em produtos. Essas etapas podem ser ajustadas para minimizar o consumo de energia e recursos. Além disso, a produção de bioplásticos a partir de macroalgas não é apenas uma inovação tecnológica promissora; ela representa uma oportunidade significativa para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

 


Bioplástico e Algicultura: bioplástico feito com algas
Fazenda marinha de algas - Paraty

Benefícios ambientais
  • Redução de emissões de gases de efeito estufa: as algas marinhas têm a capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2) durante o crescimento, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. A produção de bioplásticos a partir de macroalgas pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em comparação com os plásticos convencionais.

  • Uso eficiente de recursos: o cultivo de macroalgas não requer fertilizantes ou pesticidas e consome menos energia e água. Porém, a produção dos bioplásticos de algas também apresenta desafios, como a necessidade de desenvolver tecnologias de processamento adequadas e garantir a qualidade e desempenho do produto. Por isso, a pesquisa e desenvolvimento contínuos são essenciais para superar esses desafios.

  • Biodegradabilidade: os bioplásticos de macroalgas podem ser biodegradáveis em condições ambientais, ou compostáveis, reduzindo assim o acúmulo de resíduos plásticos no meio ambiente. No entanto, o descarte de bioplásticos de algas é uma parte importante do seu ciclo de vida. Sendo biodegradáveis ou compostáveis, o seu descarte deve ser feito da maneira correta, sem causarem mais prejuízos ao meio ambiente ao serem descartados diretamente na natureza.

 

Benefícios econômicos e sociais

Desenvolvimento de Novos Mercados: A produção de bioplásticos de macroalgas pode criar oportunidades de emprego em diversos setores, desde o cultivo e colheita de algas até o processamento e fabricação de produtos finais. A emergência de um mercado para bioplásticos de macroalgas pode estimular a inovação e o crescimento em áreas relacionadas, como biotecnologia, engenharia de materiais e agricultura marinha. Com a crescente demanda por alternativas sustentáveis, os bioplásticos de macroalgas têm potencial para se tornar um produto de exportação valioso, abrindo novos mercados internacionais.


Diversificação da Economia: a produção de bioplásticos de macroalgas pode ser uma fonte de revitalização econômica para regiões costeiras, integrando-se a outras atividades marítimas, como o turismo, a maricultura e a pesca, diversificando assim a economia local. Ao investir em bioplásticos de macroalgas, os países podem reduzir sua dependência de plásticos à base de petróleo, fortalecendo a resiliência econômica. A produção de bioplásticos de macroalgas se alinha com os princípios da economia circular, promovendo o uso eficiente de recursos e a minimização de resíduos.


Bioplástico e Algicultura: bioplástico feito com algas

Benefícios para Pequenos Produtores: os pequenos produtores desempenham um papel crucial no desenvolvimento da algicultura no Brasil. O cultivo de macroalgas representa uma oportunidade de geração de renda sustentável, com um investimento inicial relativamente baixo. Este setor pode proporcionar ganhos significativos para as famílias envolvidas, com potencial de renda mensal estimado em cerca de R$ 10 mil por família de produtores. Além disso, a algicultura estimula a colaboração entre pequenos produtores, indústria e academia, promovendo o compartilhamento de conhecimentos e recursos, e fortalecendo a posição dos pequenos produtores no mercado.

 

Os bioplásticos feitos a partir de algas marinhas representam uma solução promissora para a substituição de plásticos convencionais, com benefícios claros em termos de sustentabilidade, economia e eficiência. Eles têm o potencial de redefinir a indústria de plásticos e contribuir para um futuro mais próspero e sustentável.


Essa atividade não apenas promove o desenvolvimento econômico local, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental. As algas têm a capacidade de sequestrar carbono, ajudando na luta contra as mudanças climáticas. Um estudo publicado pela revista científica “Nature” sugere que a aquicultura de algas marinhas poderia absorver quase 240 toneladas de CO2 até 2050, o que equivale às emissões anuais de mais de 50 milhões de carros. A pesquisa contínua e a colaboração entre a indústria, a academia e os reguladores serão vitais para o avanço e a adoção generalizada dos produtos derivados de algas marinhas.


Em conclusão, a algicultura, especialmente a pequena produção de algas marinhas, é fundamental para o desenvolvimento deste setor no Brasil, oferecendo oportunidades econômicas e benefícios ambientais significativos.


Na Grisea, estamos dedicados a liderar esta revolução sustentável, desenvolvendo e comercializando bioplásticos a partir de algas marinhas. Nossa missão vai além da inovação tecnológica; estamos empenhados em construir um futuro mais responsável e harmonioso com o meio ambiente.


Bioplástico e Algicultura: bioplástico feito com algas

Convidamos todos a se unirem a nós nesse compromisso com a sustentabilidade, explorando novas possibilidades e contribuindo para uma mudança positiva e transformadora. Juntos, podemos redefinir o futuro dos plásticos!


Conteúdo e redação por:

Felipe Teixeira



 
 
 

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