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Foto do escritorGrisea Biotecnologia

Bioplásticos: inovação sustentável para reduzir microplásticos

Nos últimos anos, a preocupação com a poluição por microplásticos tem crescido significativamente. Os microplásticos são encontrados em diversos ambientes, incluindo oceanos, rios e até mesmo no ar que respiramos. Uma das vias pela qual os microplásticos entra em nosso corpo é através da ingestão, especialmente de alimentos vindos do mar.



microplastico

Os microplásticos, pequenos fragmentos de plástico com menos de 5 mm de diâmetro, são encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta. Eles resultam da degradação de produtos plásticos maiores ou são intencionalmente fabricados em tamanhos minúsculos para uso em produtos de consumo.


A ingestão de microplásticos por humanos e animais é uma preocupação crescente, pois esses fragmentos podem transportar contaminantes químicos e causar problemas à saúde que ainda desconhecemos, mas estão cada vez mais sendo estudados pelos pesquisadores. Substituir os plásticos convencionais por bioplásticos pode reduzir a quantidade de microplásticos no meio ambiente, diminuindo assim os riscos associados à sua ingestão e inalação.


Diante do exposto, surge a questão: existe alguma forma de diminuirmos a geração de microplásticos no meio ambiente?


As algas marinhas têm se mostrado uma fonte promissora para a produção de bioplásticos, oferecendo uma alternativa sustentável aos plásticos convencionais derivados de petróleo. Os bioplásticos feitos a partir de algas são biodegradáveis e podem ser uma solução eficaz para reduzir a produção de microplásticos.


A capacidade das algas de crescer rapidamente, sem a necessidade de água doce ou terras aráveis, faz delas uma matéria-prima atrativa para a produção de bioplásticos.


Além de serem biodegradáveis, os bioplásticos de algas podem ser compostáveis, o que significa que, em condições adequadas de compostagem, eles se degradam em compostos orgânicos que podem ser reutilizados como fertilizantes. Esse ciclo fechado de produção e decomposição não apenas reduz a quantidade de resíduos plásticos, mas também diminui a probabilidade de microplásticos entrarem na cadeia alimentar.


Outra vantagem dos bioplásticos de algas marinhas é a redução da pegada de carbono associada à sua produção. O cultivo de algas marinhas absorve dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para a amenização das mudanças climáticas. Em contraste, a produção de plásticos convencionais é altamente dependente de combustíveis fósseis, liberando grandes quantidades de CO₂ e outros gases de efeito estufa.


Em síntese, os bioplásticos feitos a partir de algas representam uma solução promissora para reduzir a ingestão e inalação de microplásticos. Sua capacidade de biodegradação e compostagem, aliadas à menor pegada de carbono, oferecem uma alternativa sustentável e ecológica aos plásticos convencionais. À medida que a pesquisa e o desenvolvimento nessa área avançam, estaremos cada vez mais perto de substituirmos grande parte dos plásticos convencionais por bioplásticos, inclusive os de alga, contribuindo para um futuro mais limpo e saudável.


Conteúdo e redação por:

Mariana Soares 

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